Adulto tem Adenoide?

Afinal, o que é adenoide? Quais são os problemas relacionados a ela? E se dissermos que você nasceu com adenoide? Calma, não é motivo para preocupação. Ela desempenha uma função bem interessante no seu corpo. Na verdade, todos nós nascemos com ela.

Adenoide é o nome dado à glândula presente na parte posterior do nariz, a qual é composta por tecido linfoide e que por volta dos sete ou oito anos começa a diminuir de tamanho. Como ela fica na parte posterior nasal, acima do palato (conhecido como céu da boca), não podemos vê-la.

Já ouviu falar em carne esponjosa? Então, é a adenoide de tamanho aumentado. Os problemas decorrentes dessa glândula surgem quando o crescimento ultrapassa o normal e ela começa a obstruir a passagem de ar pela cavidade nasal.

Neste artigo, conheceremos os problemas relacionados à adenoide, as causas, os sintomas, os tratamentos adequados e as possíveis complicações.

A função da adenoide

A adenoide é um tecido que produz células de defesa. Ou seja, protege o nosso corpo de uma série de doenças, como infecções. Sua função, nesse sentido, é a mesma das amígdalas.
Nosso corpo conta com duas adenoides, cuja função é produzir linfócitos e anticorpos. Elas são dois aglomerados de tecido que ficam entre o nariz e a garganta e não podem ser vistos a olho nu. Por isso, o diagnóstico de problemas requer, em certos casos, além da análise do histórico clínico, alguns exames.
É devido à produção de linfócitos e anticorpos que as adenoides têm a capacidade de nos proteger de microrganismos os quais invadem a cavidade oral e nasal. Apesar desse papel de defesa, nos casos em que a retirada cirúrgica é necessária, não são percebidos problemas no sistema imunológico.

As causas do problema

Primeiramente, é importante ressaltar que adenoide não é um problema de saúde ou um sintoma. Pelo contrário, a glândula atua como uma forma de defesa do organismo, que nos protege de vírus, partículas e bactérias, os quais tendem a se acumular tanto na garganta quanto no nariz. Contudo, por que ela aumenta e apresenta problemas?
Em crianças, as causas mais comuns dessa hipertrofia geralmente estão relacionadas às infecções de garganta constantes. Entretanto, alergias, determinadas substâncias e até mesmo refluxo gastroesofágico podem contribuir para esse aumento. Mas tal condição pode não estar relacionada a nenhum dos fatores mencionados e ocorrer de maneira natural.

Já em adultos, a hipertrofia é rara, e quando acontece geralmente está associada aos seguintes problemas de saúde:

• infecção pelo vírus HIV;
• linfoma de Hodgkin;
• câncer;
• carcinoma de nasofaringe;
• doenças granulomatosas.

Os principais sintomas

Os sintomas relacionados à adenoide variam conforme o problema apresentado. Em relação à hipertrofia em crianças, por exemplo, alguns dos sinais são:

• ronco;
• irritabilidade;
• problema para respirar pelo nariz, ocasionando a respiração pela boca;
• agitação, inclusive durante o sono;
• problemas na audição;
• doenças pulmonares;
• alergias;
• falta de concentração.

É muito comum que as mães cheguem ao consultório com a queixa de que os filhos não têm qualidade no sono. Em muitos desses casos, o que percebemos é um crescimento exagerado do tecido, que prejudica a respiração da criança e leva a problemas como sonolência diurna, transtornos auditivos, dificuldade de concentração, entre outros.

Já em adultos, os sintomas relacionados à hipertrofia na glândula são os seguintes:

• respiração pela boca;
• ronco;
• boca seca ao acordar;
• irritabilidade;
• complicações com a respiração;
• entre outros, a depender da doença que deu origem ao problema.

Esses são sintomas considerados gerais. Contudo, como dissemos, a adenoide nos adultos é indicativo de alguma outra enfermidade. Dessa forma, muitos dos sinais estão relacionados à patologia que causa o aumento da adenoide.

As diferenças entre adenoide em adultos e crianças

Tanto adultos quanto crianças podem ter adenoide. Ou seja, essa forma de proteção faz parte de todos nós e começa a se desenvolver por volta dos dois anos. Normalmente, existe um pico de desenvolvimento quando a criança tem entre três e quatro anos. Alguns problemas podem surgir nesse período, já que o crescimento pode dificultar a passagem de ar. É a famosa hipertrofia de adenoide.
Aos sete anos, começa um processo de atrofiação, ou seja, uma diminuição de tamanho. Entretanto, nem sempre os processos naturais do organismo permitem que esse tecido esponjoso reduza seu volume e é essa condição que leva ao surgimento de problemas na adenoide. Mas eles não estão limitados aos casos de hipertrofia — a adenoidite é um exemplo.

A diferença entre adenoide em adultos e crianças é simples de entender se pensarmos no processo de desenvolvimento. Na infância, por exemplo, o aumento de tamanho é considerado normal. Já na vida adulta, é esperada uma eliminação, o que evita e previne inflamações.
Sendo assim, a hipertrofia é considerada comum quando se trata dos pequenos, até mesmo quando esse crescimento é maior que o esperado. Já nos adultos, é entendida como um quadro clínico que pode estar relacionado a outros problemas de saúde, como mencionamos.

Os problemas relacionados

Os problemas relacionados ao aumento da adenoide são muitos, como:

• fala com nariz obstruído;
• dificuldade de respirar;
• desalinhamento dentário;
• sinusite;
• infecções de ouvido;
• apneia obstrutiva do sono.

A respiração constante pela boca, por exemplo, pode causar modificações na anatomia dentária e da face, as quais resultam em um rosto mais alongado. Esse aspecto é conhecido como síndrome da face alongada, cuja algumas das características são:

• palato arqueado;
• lábio superior menor;
• rosto de aspecto alongado;
• dentes agrupados.

Em crianças que têm adenoide hipertrofiada e infecções constantes, é comum a presença de problemas relacionados à adenoidite, amigdalite e faringite. Os sintomas dessa primeira complicação são:

• secreção amarelada pelo nariz;
• halitose;
• febre;
• complicações relacionadas ao olfato;
• tosse seca;
• problemas para se alimentar.

A adenoidite de repetição (constantes inflamações nas glândulas), aliás, tende a acarretar problemas como rinite e otite. Febre, tosse seca e secreção amarelada pelo nariz são alguns dos sintomas dessa inflamação.
Há ainda alguns casos nos quais a adenoide funciona como foco de bactérias nos seios da face, o que pode favorecer o surgimento de outro problema incômodo: a sinusite de repetição.

O diagnóstico

Como mencionamos no início deste artigo, em razão da localização, a adenoide não pode ser vista a olho nu como as amígdalas, por exemplo. Por isso, é fundamental procurar o auxílio de um especialista, a fim de obter um diagnóstico preciso e evitar futuras complicações.
Para isso, o médico geralmente consulta o histórico clínico do paciente, analisa os sintomas apresentados juntamente ao seu tempo de duração e, se for o caso, solicita alguns exames, que podem ser, entre outros:

• rinoscopia;
• tomografia dos seios da face;
• endoscopia nasal.

Apenas após a correta identificação do problema, o especialista sugere o tratamento mais adequado, que vai depender do nível de inflamação observada nas glândulas, entre outras questões. Seja qual for a conduta adotada, ela certamente vai promover uma melhora significativa na qualidade de vida, tanto do adulto quanto da criança.

O tratamento

Conforme já apontado, a hipertrofia da adenoide em adultos pode estar relacionada a alguns problemas graves de saúde. Então, nenhum tratamento é destinado especificamente a isso, mas sim à própria doença que causa o aumento da glândula.
Caso seja constatado adenoidite de repetição e o quadro geral seja mais leve, há as seguintes opções de tratamento:

• utilização de antibióticos;
• uso de soro fisiológico;
• uso de solução com corticoide;
• controle de elementos que podem provocar alergias;
• redução ou eliminação de alimentos que provocam produção de muco.

A cirurgia de adenoide

Nas crianças, o tratamento depende dos sintomas apresentados e do tamanho da adenoide. Quando há hipertrofia, o espaço ocupado na rinofaringe é maior que 70% e surgem sintomas, como ronco e respiração pela boca, por exemplo. Logo, o tratamento indicado pode ser a cirurgia para remover o tecido.
Conhecida como adenoidectomia, essa cirurgia não é considerada grave. Em geral, ela é rápida (com duração de dez a vinte minutos) e feita com anestesia geral — em alguns casos, as amígdalas também podem ser removidas.
Normalmente, a criança fica internada somente por um período de 24 horas para observação e pode voltar à rotina escolar dentro de uma semana. Alguns pacientes recebem alta no mesmo dia da cirurgia, depois de algumas horas e quando não há complicações.

Em geral, as adenoides são retiradas pela boca com o uso de um aparelho para abri-la e contrair o palato. Um espelho também é empregado para que o cirurgião visualize os tecidos. Existem diferentes técnicas cirúrgicas, logo, cabe ao médico avaliar qual delas é a mais indicada para cada paciente.
Conheça, a seguir, os métodos disponíveis para a remoção das adenoides:

• a frio: o médico utiliza uma cureta, ou seja, uma lâmina com borda afiada — trata-se de uma técnica convencional;
• punção: é um instrumento curvo formado por uma lâmina de faca e uma câmara — a primeira retira as adenoides, já a segunda serve para que elas sejam depositadas após o corte;
• pinça Magill: esse instrumento curvo é empregado nos casos em que há tecido residual depois da remoção com curetas;
• eletrocautério com sucção Bovie: serve tanto para retirar como reduzir as adenoides — o instrumento é capaz de aspirar sangue e secreções e realizar ainda a coagulação;
• microdebridador: é um instrumento que tritura e aspira a adenoide — a técnica é considerada avançada, logo, garante um resultado mais preciso e menos traumático, se comparado ao método convencional (o microdebridador permite a visualização videoendoscópica).

As indicações cirúrgicas

Já dissemos que a cirurgia de adenoide é recomendada principalmente para crianças com hipertrofia no tecido, o que leva ao comprometimento da respiração. Aliás, tal quadro gera ainda oxigenação inadequada, dores de cabeça, incômodo na garganta e roncos durante o sono.
Além disso, a intervenção cirúrgica é aconselhada quando o aumento da adenoide causa infecções no nariz, na garganta e nos ouvidos com frequência, entupimento nasal recorrente e acúmulo de catarro no canal auditivo.
Tais condições atrapalham a qualidade de vida das crianças e, ainda, o sono. Os roncos e os despertares noturnos passam a ser regulares. Por sua vez, as noites mal dormidas geram cansaço e comprometem a atenção, o humor e o aprendizado.

Saiba as principais causas da Rinite

A rinite alérgica é causa por fatores genéticos ou ambientais. Existem muitas substâncias comumente no meio ambiente que são consideradas alergênicas e costumam potencializar os sintomas da rinite. No entanto, as que mais predominam na população em geral são a poeira doméstica, o pólen e alguns alimentos.

Na verdade, a poeira doméstica é a principal causa do surgimento dos sintomas da rinite em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Essa poeira é formada por várias porções de fragmentos, como pelos de animais, descamação da pele humana, bactérias, fungos e ácaros.

De fato, os ácaros são um dos maiores agentes causadores da rinite. Esses micro-organismos são facilmente encontrados em quase todas as casas, especialmente em colchões, tapetes, camas, sofás e demais estofados. Eles se adaptam muito bem ao ambiente doméstico, além de propagarem rapidamente em condições favoráveis — umidade e temperatura ambiente.

Em regra, os sintomas são desencadeados após a exposição eventual ou constante a algum tipo de substância alérgena ou, então, outras condições externas, como:

• poeira domiciliar;
• pólen — rinite sazonal (principalmente na primavera e no início do outono);
• alergia alimentar (especialmente a leite de vaca, ovo, glúten, soja, trigo, peixe, frutos do mar e crustáceos);
• fungos;
• vírus;
• bactérias;
• ácaros;
• baratas;
• saliva e pelos de animais;
• agentes poluentes: fumaça de cigarro;
• baixas temperaturas;
• mudanças climáticas bruscas;
• substâncias voláteis e produtos químicos;
• fatores genéticos.

Além disso, algumas infecções virais e causadas por bactérias também têm o potencial de desencadear ou agravar as crises de rinite, uma vez que essas partículas nocivas ocasionam danos na mucosa que reveste a região das vias aéreas e todo o sistema respiratório. Geralmente, essa condição está atrelada a sintomas oculares — é conhecida como Rino conjuntivite alérgica.

Saiba mais sobre as cores da secreção do seu nariz

A secreção nasal, também conhecida como muco ou catarro possui várias cores e motivos para essas variações.
Gripes e resfriados deixam muco mais verde ou amarelo

Quando está transparente, o catarro é composto basicamente de água, restos de células e proteínas, isso significa que está saudável e é mais comum em tempos frios. No entanto, diversos fatores podem aumentar a produção de muco, além de alterar sua consistência e sua cor. Eventualmente, as secreções nasais podem ser mais espessas, com odor forte ou com alguma tonalidade esverdeada ou amarela, ou até mesmo com raias de sangue quando o paciente apresenta resfriados, infecções, sinusites e etc..

E estas mudanças podem ocorrer em função da presença de microrganismos e infecções no organismo. O muco com tons esverdeados ou amarelados é comum em casos de gripe e resfriado, enquanto as cores marrom e vermelha costumam ser resultado da mistura do catarro com sangue. Já cores mais escuras podem ser causadas pela intensa poluição ambiental ou pelo consumo de cigarros.

A falta de hidratação do corpo, em especial, do sistema respiratório também pode tornar o muco nasal mais espesso e escuro. Neste caso, além de beber mais água, fazer a higiene nasal pode ser útil. A lavagem nasal com soro fisiológico em temperatura ambiente pode ajudar a fluidificar o catarro, facilitando a higiene e sua eliminação.
Sintomas e cor do catarro podem indicar a presença de problema respiratório

A cor pode ser resultado também de alergias ou até mesmo de corpos estranhos na fossa nasal, o que é mais frequente entre as crianças. É preciso ficar atento a outros sintomas associados e procurar um otorrinolaringologista, antes de iniciar um tratamento por conta própria.

@dramilene.otorrino

Saiba as principais causas de nariz obstruído

Todas as pessoas eventualmente ficam com o nariz entupido, umas com mais frequência, outras com menos. O problema pode ser causado por diversas causas, então para eliminá-lo efetivamente, deve-se tratar o quadro específico que o provoca. Para aliviar o incômodo, há alguns métodos padrão relativamente simples.

As principais causas para que o nariz fique entupido são infecções respiratórias de vias aéreas superiores (resfriados e gripes), rinites alérgicas e uso abusivo de descongestionantes nasais, este último responsável por um quadro chamado de rinite medicamentosa

Nariz entupido pode ser perigoso se indicar problemas mais graves

O nariz entupido em si não prolonga um resfriado, mas ele pode predispor ao desenvolvimento de sinusite. Esta, por sua vez, caracteriza-se por maior produção de secreção, que pode escorrer pela garganta até os pulmões, causando pneumonia. Portanto, o risco de desenvolver quadros mais graves é outro motivador para descongestionar o nariz, além, é claro, do incômodo.

A congestão nasal é, em geral, algo normal, apenas um aborrecimento, mas deve ser investigada com mais cuidado caso indique problemas mais sérios. Se o sintoma permanecer por mais de dez dias e gerar febre alta por mais de três dias, se houver sangue na secreção nasal e dor no rosto, ou se a congestão estiver dificultando muito a respiração, deve-se procurar um médico.

Como tratar o nariz entupido?

A maneira ideal de desentupir o nariz é por meio da limpeza com soro fisiológico. Há diversas formas de administrá-lo: com ampolas, sprays, conta-gotas entre outros métodos. E tomar muito cuidado com o uso de descongestionantes nasais com medicamentos vasoconstritores, pois seu uso abusivo provoca a indução de rinites medicamentosas.

Mitos e Verdades sobre o uso do Soro Fisiológico no nariz

O soro fisiológico é indicado para a desobstrução das vias nasais em caso de resfriados e alergias como rinite. Confira mitos e verdades sobre o uso do soro fisiológico

Engolir o soro aumenta a pressão- Mito! O soro não é capaz de elevar a pressão

A lavagem nasal so serve se o soro entrar em uma narina e sair pela outra- MITO! Apesar disso ser bom, e muitas pessoas conseguirem fazer não é obrigatório. O importante é lavar o nariz com freqüência da forma mais confortável para você.

Preciso lavar o nariz mesmo sem estar doente- Verdade! Pois o soro é muito importante para prevenir doenças.

CORROI O NARIZ – MITO

O soro fisiológico ajuda na hidratação do nariz além de prevenir otites e faringites.

AJUDA NA HIDRATAÇÃO DO NARIZ – VERDADE

Em dias mais secos utilizar o soro fisiológico no nariz ajuda a diminuir o ressecamento e ajuda na hidratação

AUXILIA NO AUMENTO DA DOR DE CABEÇA – MITO!

O soro fisiológico, quando usado de forma correta, auxilia na limpeza das vias nasais e ajuda no alívio das dores de cabeça e mal-estar relacionados a alergia e congestionamento nasal.

UTILIZAR SORO FISIOLOGICO DIMINIU O SANGRAMENTO NASAL – VERDADE

O soro fisiológico ajuda na hidratação das vias nasais, com isso há diminuição do ressecamento sessando os sangramentos.

@dramilene.otorrino

 

A lavagem nasal pode causar dor de ouvido?

Dor no ouvido durante a lavagem nasal ou depois da lavagem nasal?

A lavagem nasal é extremamente importante no dia a dia para ajudar a tratar e evitar diversas doenças como sinusites, crises de rinites, resfriados..

Pode ser estranho uma intervenção no nariz afetar nosso ouvido, mas eles estão intimamente relacionadas. No fundo da nossa cavidade nasal, numa região chamada rinofaringe, existe uma estrutura chamada tuba auditiva, que faz a comunicação da nossa via aérea com a orelha média (local onde ocorrem as otites médias).

Por isso, condições que prejudiquem a função do nariz, como rinites, sinusites, gripes e resfriados predispõem as otites médias.

Mas apesar da otite ser uma inflamação no ouvido, a higiene nasal pode ajudar a preveni-la, tendo em vista a ligação estreita que existe entre as vias respiratórias superiores e os ouvidos. Vale ressaltar que a inflamação que constitui a otite se deve ao acúmulo de secreção no ouvido, assim como acontece no nariz quando há gripe ou resfriado.

Quando a lavagem nasal é feita corretamente não há efeitos colaterais como dor de ouvido e otites. Há necessidade de cuidado no momento da lavagem nasal para que não haja possibilidade do soro cair na tuba auditiva.

Mas quando lavo meu nariz as vezes meu ouvido dói. O que que eu estou fazendo que pode acontecer isso?

A dica é :
Não incline muito a cabeça quando você for fazer a lavagem porque pode acabar entrando no ouvido.
Faça a lavagem um pouquinho mais inclinado para frente, mas não com o ouvido tão lateralizado.

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Dilatador no nariz melhora o ronco?

O dilatador nasal tem como promessa auxiliar no tratamento da apneia do sono e do ronco. Ele consiste em um clipe de silicone (ou um adesivo facial) colocado nas narinas ao dormir, impedindo que essa via respiratória não se estreite enquanto você estiver deitado.

Mas para todas essas afirmativas e aparentes soluções milagrosas, existem ressalvas. A primeira delas é que o dilatador nasal não é indicado para qualquer pessoa com problemas respiratórios.

Em geral, se o problema estiver localizado na parte anterior do nariz (ou seja, na ponta), o dilatador nasal pode ajudar. Porém, se o problema for na região interna, ou na parte da laringe e faringe (onde, de fato, o problema do ronco é mais acentuado em quem é diagnosticado com apneia do sono), não há eficácia.

Para que uma pessoa ronque, muitos fatores influenciam essa condição. A principal delas é o formato anatômico da face. O tamanho da língua, formato do palato (céu da boca), além da espessura da garganta (e dos músculos) são alguns dos itens nessa “checklist”. Sendo assim, o dilatador nasal pode proporcionar um alívio caso você esteja lidando com um resfriado ou crise alérgica, mas não irá, de fato, ajudar a longo prazo.

Os especialistas alertam, inclusive, que o uso do dilatador nasal não é de grande ajuda durante episódios de sinusite, por exemplo. Isso ocorre porque, nesse caso em específico, o problema não está na ponta do nariz, e sim na parte mais interna da face.

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👩‍⚕ Dra Milene Lopes Frota
▫ Otorrinolaringologista
▫ dramilenefrota.com.br
▫ WhatsApp: (31) 99839-6075

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Fala hipernasal e regurgitação de alimento pelo nariz

A insuficiência velofaríngea pode ocorrer em pessoas nascidas com uma divisão do céu da boca (fenda palatina) ou um palato muito curto. Às vezes ela pode se desenvolver após uma cirurgia de amígdalas ou adenoides ou como resultado de fraqueza muscular em pessoas com distúrbios neurológicos, como paralisia cerebral, AVC ou tumores cerebrais. Outras causas incluem síndromes genéticas como neurofibromatose e tumores no palato.

Os sintomas de insuficiência velofaríngea incluem uma voz hipernasal com uma incapacidade para formar sons da fala corretamente. Insuficiência velofaríngea grave pode fazer com que alimentos sólidos e líquidos sejam regurgitados através do nariz.

Os médicos suspeitam de insuficiência velofaríngea em pessoas com anormalidades típicas da fala. Para confirmar o diagnóstico, os médicos inspecionam o esfíncter velofaríngeo por nasofibrolaringoscopia (um tubo flexível, introduzido através do nariz) ou radiografias tiradas enquanto engolindo alimentos diferentes (videofluoroscopia).

O tratamento é feito com terapia da fala e, às vezes, com um dispositivo especial usado na boca ou uma cirurgia.

@dramilene.otorrino

Distúrbios do Olfato

O que são distúrbios olfativos?

Os distúrbios olfativos acontecem quando há perda ou distorção dos odores. Segue abaixo exemplos de distúrbios olfativos:

• Fantosmia: sensação de odores que não existem, intermitente ou constante, os odores são geralmente descritos como podres (ovos podres ou fezes). Pode surgir como aura de epilepsia ou em portadores de neurite gripal.

• Anosmia: é a diminuição ou ausência do olfato

• Parosmia: distorção de odores, interpretação errônea de uma sensação olfatória. O indivíduo refere que “nada cheira certo” ou que “tudo tem o mesmo cheiro”.

Mas há tratamento?

O médico irá investigar infecções de vias aéreas superiores, sintomas alérgicos, alteração de gustação, estimar o grau de perda olfatória, uni ou bilateralidade, tabagismo, etilismo, radiação, cirurgias, trauma, dieta, alterações sistêmicas como hipotireoidismo, doença metabólica e alteração psicológica.

Doença nasal e sinusal obstrutiva (23%) é a causa mais comum de distúrbio olfatório. Se a obstrução é total, o indivíduo apresenta anosmia (moléculas odoríferas não atingem o epitélio olfatório), liberando a obstrução a habilidade olfatória retorna.

Exames
Em Exame físico, atenção especial para boca, nariz, faringe e sistema neurológico. Características da mucosa e do muco nasal, presença de pólipos, secreção, massas, perfurações.

Exames complementares: A endoscopia nasal é útil no acesso à fenda olfatória, sendo em conjunto com a tomografia computadorizada.
A RNM é útil para avaliação do bulbo olfatório, tratos olfatórios e causas intracraniana de distúrbios da olfação. Entretanto, a estimulação e mensuração do olfato é importante, por meio dos testes olfatórios, pois é capaz de quantificar a real perda.

@dramilene.otorrino

É prejudicial usar spray nasal de corticoide por um longo tempo?

Por quanto tempo posso usar o spray de corticoide nasal ( exemplo: budesonida, fluticasona, mometasona, etc) para minha rinite?
DEPENDE!
Cada pessoa tem uma necessidade!!
O tempo que vai precisar usar depende da doença.. rinite leve, grave, sinusite crônica..
Mas quase nunca será menos que 2 meses.. por quê?
Porque os sprays de corticoide demoram quase 2 semanas para começar a iniciar seu efeito antiinflamatório da mucosa do nariz
Ou seja, quando receitado, precisa que seu uso seja feito mais cronicamente para o efeito CORRETO!

Mas corticoide não engorda?
O spray nasal de corticoide tem absorção muito baixa e é seguro e não causa dependência!!

CUIDADO! Os sprays de corticoide nasal são DIFERENTES daquelas gotas de vasoconstritores como neosoro, aturgyl, naridrin, que NÃO devem ver utilizadas cronicamente pois causam dependencia, agridem o nariz e PIORAM a rinite.

Diversas marcas de descongestionantes podem ser encontradas e adquiridas com facilidade nas farmácias, sem nenhum tipo de receita.

Com o passar do tempo, a mucosa nasal absorve pequenas quantidades da substância vasoconstritora que acabam na corrente sanguínea, causando o vício.

QUAIS OS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS COM O USO DOS CORTICOIDES INTRANASAIS (CORTICOIDE NO NARIZ) MAIS MODERNOS?

Ressecamento e ardência nasal
Formação de crostas dentro do nariz
Sangramento que costumam ser leves

Irritação na garganta (quando o excesso do medicamento goteja para a garganta)
Estes efeitos tendem a desaparecer quando se interrompe o uso do spray.

Boa parte destes efeitos incômodos pode ser reduzida pelo uso adequado do medicamento.