Sinusite Odontogênica

Sinusite Odontogênica

Resultado de imagem para CT ODONTOGENIC SINUSITISSinusite odontogênica maxilar a esquerda. A seta vermelha evidencia um abscesso periapical em 1 molar superior esquerdo como foco da sinusite.

Causas

A sinusite odontogênica tem como causas as doenças periodontais (gengivite, periodontite), caries, extrações dentárias, complicações de implantes dentários, traumas, dentre outras. Ocorre quando há uma ruptura da membrana que reveste o seio maxilar ( membrana de Schneider) ocasionando uma comunicação da cavidade oral com o seio. Os dentes molares superiores são os que mais apresentam relação com o maxilar, sendo os mais frequentemente envolvidos na doença da sinusite odontogênica.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas podem ser: dor facial unilateral, gotejamento posterior na garganta, obstrução nasal unilateral, hipersensibilidade no maxilar, odor desagradável na boca, após história de procedimento dentário ou infecção de dente.

Para auxiliar no diagnóstico deve ser realizado um exame de Tomografia Computadorizada dos seios da face que irá evidenciar sinais como espessamento do seio maxilar, perda óssea do assoalho, ruptura da membrana e alterações dentárias.

Tratamento

O tratamento envolve o uso de antibióticos e cirugia. A eliminação da fonte de infecção na sinusite odontogênica é absolutamente essencial para prevenir persistência dos sintomas. A cirurgia odontológica junto da cirurgia endoscópica nasal frequentemente se fazem necessária para eliminar todo o foco da infecção. A sinusite odontogênica é um fenômeno muitas vezes subdiagnosticado com mecanismos fisiopatológicos, microbiologia e tratamentos diferentes daqueles visto na Sinusite Crônica. É essencial uma equipe multidisciplinar para avaliar cada paciente individualmente e eliminar as fontes de infecção. Falha na identificação fontes odontogênicas de sinusite resultam em persistência dos sintomas e falha médica e cirúrgica intervenções

Rinite Alérgica

Rinite Alérgica

As rinites atingem a humanidade há milênios causando inúmeros prejuízos na qualidade do sono, no trabalho, lazer, escola, esporte.

Conceito

O IV consenso brasileiro de rinite a define como uma inflamação ou disfunção da mucosa de revestimento nasal, sendo os sintomas mais comuns : rinorreia, que é a chamada coriza, obstrução nasal, prurido e /ou espirros, que ocorrem por mais de 2 dias consecutivos, por mais de 1h na maior parte dos dias. Nos casos mais intensos pode vir associado com diminuição ou perda do olfato e paladar.

Existem diversos tipos de rinites, sendo uma das classificações baseada no agente etiológico, ou seja , no fator causal.

  1. Rinite infecciosa causado por vírus ou bactérias
  2. Rinite alérgica, causada pela inalação de algum agente externo em indivíduos hipersensibilizados
  3. Rinite não alérgica não infecciosa: hormonal, da gestação, induzida por medicamentos, produtos irritantes.

Causas

Um dos principais fatores desencadeantes da rinite alérgica são os ácaros domésticos, alérgenos de barata e em algumas regiões do Brasil os pólens em determinadas épocas do ano e a poluição. A história familiar de alergia também está fortemente associada ao desenvolvimento da rinite alérgica. Quando um dos pais é alérgico, a possibilidade de um dos filhos serem aumenta muito.

Diagnóstico

Ao exame otorrinolaringológico de um paciente que apresenta a típica rinite alérgica, podemos observa um edema das pálpebras, pregas nas pálpebras inferiores, boca sem fechamento dos lábios, face mais alongada, mucosa das conchas nasais pálidas, congestas, cobertas por secreção clara.

O exame de nasofibroscopia é um exame de rotina que deve ser realizado nesses paciente a procura de alterações anatômicas como pólipos, desvio septal, etc. que podem contribuir para obstrução nasal.

Tratamento

O tratamento engloba medidas medicamentosas e medidas não medicamentosas.

As medidas não medicamentosas visam reduzir a exposição dos pacientes aos irritantes. As principais segundo o IV Consenso de Rinite:

1. Boa ventilação no quarto de dormir  Evitar travesseiro e colchão de paina ou pena. Usar os de espuma, fibra ou látex, sempre que possível envoltos em material plástico (vinil) ou em capas impermeáveis aos
ácaros.

2.  As roupas de cama e cobertores devem ser trocados e
lavados regularmente com detergente e a altas temperaturas (>55 ◦C) e secadas ao sol ou ar quente.

3. Evitar tapetes, carpetes, cortinas . Dar preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido.

4. Camas e berços não devem ser justapostos à parede. Caso não seja possível, coloque-a junto à parede sem marcas de umidade ou a mais ensolarada.

5.  Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão ou qualquer outro local onde possam ser formadas colônias de ácaros no quarto de dormir.

6. Identificar e eliminar o mofo e a umidade, principalmente no quarto de dormir,

7. Verifique periodicamente as áreas úmidas de sua casa, como banheiro (cortinas plásticas do chuveiro, embaixo das pias etc.).

8. Evitar o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns. Passar pano úmido diariamente na casa.  Afastar o paciente alérgico do ambiente enquanto se faz a limpeza.

9. Ambientes fechados por tempo prolongado (casa de praia ou de campo) devem ser arejados e limpos pelo menos 24 horas antes da entrada dos indivíduos com alergia respiratória.

10.  Evitar animais de pelo e pena, especialmente no quarto e na cama do paciente (ambiente seguro). Manter a porta do quarto sempre fechada. Se for impossível, restringir o animal a uma única área da moradia e usar purificadores HEPA no quarto do paciente.

11. Dar preferência às pastas e aos sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha. Evitar talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays.

12.  Não fumar e nem deixar que fumem dentro da casa e do automóvel. O tabagismo pré-natal, perinatal e pós-natal está associado a problemas respiratórios futuros do bebê.

13.  Evitar banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura. A temperatura ideal da água é a temperatura corporal.

14. Recomenda-se aos pacientes alérgicos ao pólen manter as janelas da casa e do carro fechadas durante o dia, abri-las à noite (menor contagem de pólens).

15. Manter os filtros dos aparelhos de ar condicionado sempre limpos. Se possível limpe-os mensalmente. Evitar a exposição a temperatura ambiente muito baixa e oscilações bruscas de temperatura. Lembrar que o ar condicionado é seco e pode ser irritante.

Em relação ao tratamento medicamentoso existem diversas opções de terapia: corticóide nasal tópico, antialérgicos, solução fisiológica nasal, imunoterapia, entre outras várias opções a depender do tipo e grau da rinite de cada paciente.

Se você apresenta alguma suspeita de rinite, procure o otorrinolaringologista para avaliação, adequação do diagnóstico, tratamento e principalmente acompanhamento.

Fonte: IV Brazilian Consensus on Rhinitis — an update on allergic rhinitis  E Tratado de Otorrinolaringologia vol. III

 

 

 

Dra. Milene Frota no I Curso de Cirurgia Nasal e Base de Crânio da Santa Casa BH

Curso de Cirurgia Nasal e Base de Crânio da Santa Casa Belo Horizonte

Entre os dias 26 e 27 de Abril, a Dra. Milene Frota participou como palestrante e membro da equipe organizadora  do I Curso Teórico de Cirurgia Nasal e  Base de Crânio da Santa Casa de Belo Horizonte.

O curso contou com a participação de profissionais médicos otorrinolaringologistas de destaque e a programação científica, em destaque para o convidado especial Dr. Otávio Piltcher de Porto Alegre, e ofereceu palestras com elevado conteúdo científico aos participantes.

No primeiro dia, foram discutidas as evidências atuais da cirurgia nasossinusal e os acessos estendidos para tumores com a competente chefe do serviço Mirian Cabral. Também foram abordadas as principais técnicas de acesso aos seios paranasais com o Dr. Tiago Fraga e Dra. Milene Frota.

No segundo dia apresentou-se vídeos sobre as variadas formas de se tratar as epistaxes com o Dr. Bruno Castro e o trabalho em equipe com a oftalmologia na presença da Dra. Fabiana Caetano nas cirurgias de Dacriocistorrinostomia.

Além de poder compartilhar conhecimento com outros profissionais da área, a participação em eventos do tipo permite a Dra. Milene Frota aplicar técnicas cada vez mais seguras e eficazes no tratamento de seus pacientes.