Síndrome da Boca Ardente

A síndrome da boca ardente, ou SBA, é caracterizada pela ardência de qualquer região da boca sem que hajam alterações clínicas visíveis. Essa síndrome é mais comum em mulheres entre 40 a 60 anos, mas pode acontecer em qualquer pessoa.

Nessa síndrome há dor que piora ao longo do dia, boca seca e gosto metálico ou amargo na boca, sendo importante consultar o dentista ou o otorrinolaringologista para que sejam avaliados os sintomas e seja feito o diagnóstico, que é feito baseado nos sintomas, história clínica do paciente e resultado de exames que buscam identificar a causa da síndrome.

O tratamento é feito de acordo com a causa e tem como objetivo aliviar os sintomas, podendo ser feito com o uso de medicamentos ou mudança no estilo de vida, ou seja, por meio de uma alimentação saudável e que não contenha alimentos apimentados, além de atividades que promovam o relaxamento, uma vez que o estresse pode ser uma das causas da SBA.

Principais sintomas

Os sintomas da síndrome da boca ardente podem aparecer de repente ou serem progressivos, havendo principalmente dor intensa na boca, alteração no paladar, como gosto metálico ou amargo, e boca seca, também conhecida por xerostomia, sendo esses sintomas conhecidos como a tríade sintomática da SBA. No entanto, nem sempre as pessoas que possuem a síndrome possuem a tríade, podendo surgir outros sintomas como:

– Sensação de queimação na língua, lábios, interior das bochechas, gengivas, palato ou garganta;
– Aumento da sede;
– Formigamento ou sensação de ardência na boca ou na língua;
– Perda do apetite;
– Dor que aumenta durante o dia;
– Alteração na quantidade de saliva produzida.

Os sintomas podem aparecer em qualquer parte da boca, sendo mais comum de acontecer na ponta da língua e nas bordas laterais da boca. Em alguns casos a dor da SBA surge durante o dia e possui intensidade progressiva, podendo atrapalhar até mesmo o sono. Além disso, algumas atitudes podem favorecer a ardência e queimação da boca, como comer alimentos picantes ou quentes e tensão, por exemplo.

Possíveis causas da síndrome

As causas da síndrome da boca ardente não são muito bem estabelecidas, no entanto podem ser classificadas em dois tipos principais, a síndrome da boca ardente primária e a secundária:

– Síndrome da boca ardente primária ou idiopática, em que são observados os sintomas, mas a causa desencadeante não é identificada. Além disso, nesse tipo de SBA não são observadas evidências clínicas ou laboratoriais que confirmem a causa da SBA;

– Síndrome da boca ardente secundária, em que é possível determinar a causa da síndrome, podendo ser devido a alergias, infecções, deficiências nutricionais, refluxo, próteses mal ajustadas, estresse, ansiedade e depressão, uso de alguns medicamentos, diabetes e síndrome de Sjögren, por exemplo, além de alteração nos nervos que controlam o paladar a dor.

O diagnóstico da síndrome da boca ardente deve ser feita pelo médico de acordo com os sintomas apresentados pela pessoa, histórico clínico e resultado de vários exames, como hemograma, glicemia em jejum, dosagem de ferro, ferritina e ácido fólico, por exemplo, com o objetivo de diagnosticar deficiências nutricionais, infecções ou doenças crônicas que possam causar a SBA.

Além disso, o médico pode solicitar a realização de testes para doenças auto-imunes e testes de alergias a produtos dentários ou alimentares, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a síndrome da boca ardente é feita de acordo com a causa, podendo ser recomendada ajuste na prótese dentária, terapia, no caso da SBA causada por transtornos psicológicos, ou tratamento com medicamentos no caso da SBA causada por refluxo e infecções.

No caso da SBA causada por alergias, é importante identificar a causa da alergia e evitar o contato. Já no caso da síndrome que surge devido a deficiências nutricionais, é normalmente indicada suplementação nutricional, que deve ser feita conforme orientação do nutricionista.

Nos períodos de crise, ou seja, quando a dor é muito intensa, é interessante chupar gelo, pois o gelo além de aliviar a dor, ajuda a umedecer a boca, evitando a xerostomia, por exemplo. Além disso, é importante evitar situações que possam favorecer o aparecimento dos sintomas, como tensão, estresse, falar muito e consumo de alimentos muito apimentados, por exemplo.

A SAB primária pode ser difícil de tratar, pois não tem uma causa conhecida. No entanto, o paciente pode tentar reduzir a gravidade dos sintomas:

– Evitar alimentos ácidos ou picantes
– Reduzir o estresse
– Evitar quaisquer outros alimentos conhecidos desencadeadores de crises
– Praticar regularmente atividade física
– Mudar o creme dental
– Evitar enxaguatórios bucais contendo álcool
– Chupar lascas de gelo para amenizar a inflamação
– Evitar o álcool se o mesmo desencadeia sintomas
– Beber líquidos frios ao longo do dia
– Parar de fumar
– Adotar uma dieta balanceada
– Verificar medicamentos que possam agir como gatilhos de crises

Os sintomas da SAB secundária geralmente desaparecem quando a causa subjacente é tratada.

A síndrome da boca ardente pode ser dolorosa e irritante. Infelizmente, essa condição imprevisível pode durar vários meses e pode ocorrer novamente.

A SAB não causará mais complicações, mas o paciente ainda deve conversar com seu dentista sobre seus sintomas e procurar um médico otorrinolaringologista.​

👉Atenção!! A lingua é uma importante estrutura do nosso corpo e qualquer alteração deve ser investigada.

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‍‍⚕ 👩🏻‍⚕️Dra Milene Lopes Frota
▫ Otorrinolaringologista
▫ dramilenefrota.com.br
▫ Av. Raja Gabáglia 2000, Torre 2, salas 505/506
▫ Luxemburgo – BH/MG / WhatsApp: (31) 99839-6075

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