Todos nós já experimentamos a sensação de gotejamento ou muco pós-nasal e pigarro, principalmente após uma infecção viral ou quando estamos desidratados.
Sabe-se que cerca de 20 a 40 ml de muco são secretados pelo nariz “normal” todos os dias. Esse muco então é movido pelos cílios da frente do nariz para a nasofaringe, onde pode ser engolido ou expectorado.
Entretanto, muitas vezes os pacientes estão convencidos que esse sintoma é advindo de uma sinusite e não raramente os exames dos seios paranasais encontram-se normais ou com pequenas alterações e achados radiológicos que não justificam o sintoma.
Entretanto, existem várias hipóteses diagnósticas para esse gotejamento pós nasal, como por exemplo, os pacientes com rinite alérgica que podem apresentar sintoma de muco na garganta, mas que melhoram com o tratamento adequado da rinite.
Além disso, outra causa é o refluxo faringolaríngeo.
Quando o conteúdo gástrico sai do estômago e sai do esôfago (ou seja, refluxo extra-esofágico ou laringofaríngeo), eles causam uma irritação química da laringe, faringe e nasofaringe. Sabemos que isso ocorre e existem evidências na literatura para apoiá-lo.
Dessa forma, na prática podemos ver isso clinicamente como alterações edematosas na laringe contribuindo para o pigarro crônico e tosse inexplicável.
Assim, o tratamento deve ser conjunto entre otorrinolaringologista e o gastroenterologista para diagnóstico diferencial e melhor acompanhamento do paciente.