Todos os pacientes transplantados utilizam medicações imunossupressoras para evitar a reação de rejeição do órgão. Os transplantes de medula óssea, de pulmão, fígado e rins são os que causam uma imunossupressão mais intensa.
O nariz e os seios paranasais são órgãos expostos diretamente ao ambiente externo e apresentam um risco aumentado de infecções bacterianas, virais e fúngicas nos pacientes imunossuprimidos.
A rinossinusite fúngica invasiva é a mais enfatizada quando se trata de um paciente imunossuprimido em razão da alta mortalidade.
Quanto maior a imunossupressão, menor serão as defesas do sistema imunológico e consequentemente maior a penetração desses microorganismos nas mucosas e corrente sanguínea.
Para o diagnóstico de rinossinusite nesses pacientes a febre por exemplo pode ser o único sintoma. Exames rigorosos do nariz como a endoscopia nasal devem ser realizados a fim de excluir a presença de sinais de fungo ou outras infecções.
Para as infecções bacterianas o tratamento com antibióticos é preconizado e para as infecções fúngicas a cirurgia deve ser realizada prontamente assim que se dá o diagnóstico.
Dessa forma, antes da realização de um transplante é super importante avaliar o nariz e os seios paranasais para que não se perpetue uma infecção já existente e não se agrave após o transplante. E após o paciente ser transplantando também é necessário o acompanhamento de um otorrino pois o estado de imunossupressão é delicado e pode predispor a rinossinusites.