O que é imunoterapia?
A imunoterapia é um conjunto de estratégias desenvolvido graças aos avanças tecnológicos, utilizado na medicina para otimizar a resposta imunológica em dados tratamentos. Essa técnica pode ser empregada em casos que vão desde alergias até cânceres e outras formas de infecção.
Embora muita gente desconheça essa modalidade, ela já é utilizada há mais de 100 anos. Em 1911, os pesquisadores ingleses Leonard Noon e John Freeman publicaram seus trabalhos sobre o tema, defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas em pacientes acometidos de “Febre do Feno”.
De lá para cá, muita coisa mudou, e o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica foi aprimorado e difundido por todo o mundo para trazer cada vez mais benefícios aos pacientes.
O principal objetivo dela é reduzir a sensibilidade das pessoas a dadas substâncias, diminuindo as reações alérgicas e os seus sintomas. A imunoterapia permite que o paciente deixe de ser hipersensível a determinados fatores e passe a ser tolerante a eles, gerando maior qualidade de vida ao indivíduo.
Conheça a imunoterapia para rinite alérgica
De forma geral, o tratamento para rinite alérgica baseia-se em três pilares: controle do ambiente, uso de medicamentos e imunoterapia. Cada paciente possui características únicas, portanto, é importante saber identificar a estratégia adequada para seu caso específico a fim de controlar os sintomas e melhorar a sua qualidade de vida.
Embora muita gente goste de mascarar os sintomas da crise, fazendo uso de spray nasal e antialérgicos, a imunoterapia é o único meio de modificar a história natural da rinite alérgica e controlá-la.
Também conhecida como “vacina para alergia”, a imunoterapia para rinite alérgica tem como objetivo diminuir a sensibilidade do paciente alérgico a determinadas substâncias. O tratamento consiste na administração do alérgeno em doses crescentes e por um período de tempo que dependerá de fatores que incluem risco de exposição, sintomas, resposta, entre outros.
Para inibir as reações, ela é formulada de acordo com cada paciente. As doses podem incluir ácaros, pólens e venenos de inseto (abelhas, formigas e vespas) para diminuir a sensibilização do indivíduo por meio de uma série de alterações na resposta imune que estão associadas à melhora clínica.
Quando a imunoterapia para rinite alérgica é indicada?
A vacina para o tratamento de doenças alérgicas é indicada para os indivíduos sensíveis a fungos, poeira, pólen, pelos de animais e cheiros fortes.
A aplicação da imunoterapia deve ser fundamentada por meio de três pilares: disponibilidade do alérgeno, comprovação da sensibilidade e avaliação do quadro clínico do paciente.
É importante ressaltar que a rinite alérgica não tem cura. Por isso, as vacinas com alérgenos devem ser usadas em conjunto com outras medidas, como o controle ambiental e a farmacoterapia. Assim, por meio desse conjunto, é possível otimizar a prevenção das manifestações clínicas.
Benefícios da imunoterapia para rinite alérgica
A aplicação das doses também ajuda a prevenir o desenvolvimento de sensibilização para outros alérgenos e a impedir a evolução do quadro para outras doenças, como a asma.
Quem mora em grandes cidades está sujeito a fatores que são difíceis de serem controlados, como a poeira e as mudanças na temperatura. Além disso, é impossível impedir as crianças de brincarem com cachorros e ursinhos de pelúcia que podem estar com poeira doméstica, além de frequentar praças com flores cheias de pólen.
Como a exposição aos alérgenos ocorre de maneira quase natural e diária, é preciso utilizar estratégias que combatam a continuidade do contato e gerem uma resposta imunológica. O principal benefício da imunoterapia é a possibilidade de mudar a resposta imune do paciente alérgico, diminuindo os sintomas e resultando na melhora da qualidade de vida.
Como é feito o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?
A aplicação do tratamento é feita em sua maioria por meio de injeções subcutâneas. São ministradas doses crescentes do alérgeno causador do problema até atingir uma concentração de manutenção.
A duração da imunoterapia é de cerca de 3 a 5 anos após alcançar o máximo efeito clínico, mas essa decisão é tomada considerando fatores individuais que influenciam no seu efeito.
Embora o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica eleve a imunidade do paciente para que ele apresente menos sensibilidade, não dá para relaxar! Se o indivíduo possui 3 milhões de anticorpos e entra em um ambiente úmido e cheio de poeira, que faz com que ele tenha contato com 4 milhões de ácaros, as perspectivas não são nada boas e as crises podem ser iminentes.
Por isso, manter a casa sempre limpa e arejada, lavar o nariz frequentemente com soro fisiológico e evitar o contato com os agentes causadores da alergia são alguns cuidados muito importantes.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e forem determinadas as causas da rinite, melhores serão os resultados alcançados. O tratamento pode ser feito em qualquer idade, respeitando, evidentemente, as características do paciente. Casos de indivíduos que sofram com asma devem ser analisados, bem como os daqueles que usem betabloqueadores ou sofram de doenças autoimunes ou coronarianas.
As vacinas devem ser aplicadas quando outras terapias se demonstraram ineficazes. Assim, a administração de um alérgeno padronizado pode ser a melhor opção para esse paciente.
Apesar de todos os avanços da medicina e do desenvolvimento de técnicas para controlar as alergias e os sintomas a elas associados, a imunoterapia ainda enfrenta algumas barreiras. A principal delas é o fato de que, em sua maioria, os indivíduos costumam ser hipersensíveis a mais de um tipo de fator, dificultando a identificação do alérgeno.
Mas existem exames, como o teste cutâneo e os exames de sangue, que evoluíram muito e são capazes de detectar múltiplos alérgenos e diferentes fontes, para que, assim, o paciente receba um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Se a ideia das picadas frequentes faz com que você ou as crianças torça o nariz para o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica, é importante saber que a administração por via sublingual vem sendo bastante estudada e empregada, mas segue em fase investigativa. As injeções subcutâneas continuam sendo a melhor e mais eficaz opção. Além disso, basta ter em mente todos os benefícios que serão conquistados após a aplicação das doses, não é mesmo?
Quem é o responsável pelo tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?
Para poder identificar os agentes causadores da rinite alérgica, o médico deve estar familiarizado com os principais alérgenos da região e dispor de métodos apropriados de diagnóstico. Nesse sentido, o profissional deve possuir capacitação específica para evitar o agravamento da alergia e aplicar as doses da melhor forma possível.
A imunoterapia é bastante eficaz quando aplicada por profissionais qualificados, capazes de determinar a dosagem necessária e desenvolver a padronizações dos extratos necessários. Nesse sentido, um atendimento humanizado, realizado por renomados médicos é um diferencial.